Recentemente terminei minha faculdade.
O último trabalho que tive que apresentar foi o de sociologia.
O último trabalho que tive que apresentar foi o de sociologia.
O professor apresentou um projeto chamado sorriso.
Foi solicitado à classe que saísse, sorrisse para três
pessoas e documentasse suas reações.
Logo depois da aula, eu, meu marido e meu filho mais novo fomos à uma lanchonete.
Estávamos na fila esperando nossa vez, quando repentinamente todos à minha volta começaram
a se agitar e a se afastar, inclusive meu marido.
Eu não me movi um centímetro...
Me virei para ver porque tinham se afastado.
Foi quando senti o terrível cheiro de corpo sujo e lá estavam dois pobres mendigos.
Quando olhei para o que estava mais próximo, ele estava sorrindo.
Seus bonitos olhos azuis estavam cheios da luz de Deus e procuravam por simples aceitação.
- Bom dia...
- Ele disse timidamente enquanto contava as poucas moedas que tinha.
O segundo homem permanecia atrás de seu amigo, agitando os braços.
Observei que o segundo homem tinha deficiência mental.
E o cavalheiro dos olhos azuis era o seu guardião.
A garçonete perguntou o que queriam.
- Apenas café, senhorita. - respondeu...
Porque era tudo que poderiam comprar com os recursos que tinham.
Se quisessem sentar no restaurante para se aquecer,
Tinham que comprar alguma coisa.
E o que queriam mesmo era se aquecer.
Então, eu realmente senti uma compulsão tão grande que quase estendi a mão e abracei o homem dos olhos azuis.
Foi quando notei que todos os olhos na lanchonete me observavam, julgando cada ação minha.
Eu sorri e pedi que a garçonete acrescentasse duas refeições, Um pequeno almoço, em bandejas separadas.
Fui até onde os homens tinham se sentado e pus as bandejas sobre a mesa e coloquei minha mão sobre a fria mão do homem dos olhos azuis.
Ele me olhou emocionado e agradeceu.
Inclinando-me um pouco, respondi...
- Não sou eu que faço isto por vocês.
É Deus que está trabalhando aqui, através de mim, para dar-lhe esperança.
Me afastei para juntar-me a meu marido e meu filho.
Quando me sentei, meu marido me sorriu e disse...
- É por isso que Deus me deu você, querida. Para me dar esperança.
Aquele dia me mostrou a pura luz do doce amor de Deus.
Retornei à faculdade, para a última aula, com esta história nas mãos.
Eu a transformei em meu projeto e o professor o leu.
Então olhou para mim e disse...
- Posso compartilhar isto?
Eu concordei e ele pediu a atenção da classe.
Começou a ler e todos nós percebemos que...
Como seres humanos, temos a necessidade de curar as pessoas e de sermos curados.
Ao meu jeito, eu tinha tocado as pessoas naquela lanchonete...
Em meu marido... Em meu filho, em meu professor.
Em cada alma daquela sala onde tive a última aula como um estudante de faculdade.
Eu me formei com uma das maiores e mais importantes lições que aprendi:
Aceitação incondicional.
"Amar as pessoas e usar as coisas ao invés de amar as coisas e usar as pessoas"
( Tânia M. da Cruz)